Quarto Domingo do Advento

A Salvação Nasce dos Pobres

Celebrar a eucaristia é sentir que a salvação nasce dos pobres. É nos pequenos das roças e periferias que hoje Jesus se encarna, devolvendo-lhes a esperança e a paz (I leitura e evangelho).

As comunidades cristãs, pequeno resto, reúnem-se para celebrar este evento libertador: o nascimento, morte e ressurreição de Jesus, que , em seu corpo, nos santificou e libertou, perdoando nossos pecados. A melhor resposta que podemos dar-lhe, neste tempo de Advento, é esta: “Estamos aqui para fazer a tua vontade” (II leitura).

A comunidade reunida, o pão partilhado, são sinais visíveis de     que o mundo novo está começando com os que se comprometem com o reino Deus. Na celebração sentimos que a realeza de Cristo se traduz na partilha do seu ser com os empobrecidos, criando a paz. Omo Isabel, nós também perguntamos: “Como posso merecer que…o meu o meu Senhor me venha visitar?” A proximidade do Deus que se faz pão e palavra de vida nos leva a exultar como João Batista no seio de sua mãe. Deus veio morara entre os empobrecidos. Encarnou-se neles para salvá-los.

A irrupção do mistério de Deus em nossa vida

Miquéias 5,1-5 : De Belém sairá o Pastor de Israel – Miquéias não coloca Jerusalém no centro da profecia, mas Belém, terra de origem de Davi. De sua dinastia deverá um dia brotar o verdadeiro Rei de Israel conforme o coração de Deus (Mt 2,6).

Lucas 1,39-45 : A visitação de Maria a Isabel – Maria vai servir a Isabel; nelas, se encontram, pela primeira vez, o Percussor e o Messias; realização de Lc 1,15: desde o seio materno o Espírito impele ao filho de Isabel. Esta entende o sinal e saúda em Maria sua fé e o bendito fruto de seu ventre. Maria entoa um canto de ação de graças a deus. Ambas as partes do diálogo fazem parte das mais queridas orações do povo cristão: o Ave Maria e o Magnificat. 1,42. Jz 5,24.

Hebreus 10, 5-10 : “ Eis que venho para fazer tua  vontade” – Hb compreende a morte de Cristo como a plenificação do culto sacrifical do AT. Todos os antigos sacrifícios prefiguram o sacrifício do Cristo, que nos santifica uma vez para sempre (10,10). Interpreta Sl 40(39),7-9 no sentido da obediência de Jesus para cumprir esta missão, para a salvação de todos nós.  10,5-9

A I leitura e o evangelho mostram o lugar social onde Deus se encarna para construir nova sociedade: ele se encarna nos pobres e no meio deles, trazendo-lhes plenitude de vida e salvação. À semelhança de Maria, Zacarias, Isabel e João, os marginalizados são hoje o lugar privilegiado onde se experimenta Deus. O clima de alegria que invadiu João Batista no seio de sua mãe se traduz hoje nas expectativas e esperanças do povo que espera a libertação. Benditos os pobres que crêem, aguardam e fazem a hora da libertação. Benditos os que descobrem neles a presença do Deus que salva.

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