Trigésimo Domingo do Tempo Comum

O Amor a Deus e ao próximo

É possível amar a Deus a não ser pelo próximo?  Nosso Deus não é um deus grego, que não precisa de nada, nem mesmo dos nossos gestos de caridade. Quem precisa então? O próximo. O segundo mandamento é, na verdade, a única forma segura de achegarmos a Deus. Essa capacidade de amar é colocada em nós desde a nossa concepção. É Deus quem nos torna capazes de amar. Há pessoas, todavia, que não se amam, logo não seria interessante ser amado por alguém que não se ama, já que não seria propriamente amor. Talvez tantos males do mundo sejam reflexos justamente desse suposto amor ao próximo como a si mesmo. Já que quem não se ama e nem cuida do próprio corpo, da própria vida isso refletirá nas relações interpessoais. Logo o mandamento é para que amemos com aquele amor que Deus coloca em nós. Quase que dizendo: vocês devem amar aos irmãos com aquele amor que vocês são capazes, que está no mais profundo das suas almas. O mandamento ao próximo seria então traduzido como: ame a si mesmo, receba em você o amor de Deus, acolha esse amor e se descubra valioso como ser humano e como filho de Deus. Viva a vida com cuidado e cuide da sua saúde, da sua mente, da sua família. Uma vez acolhido esse amor, leve-o também aos irmãos, mostre para eles como é bom viver, apesar dos percursos da nossa existência. Mostre ao mundo como é bom se cuidar e como é bom evitar colocar a vida em risco. Em poucas palavras, diga ao mundo: viva , “ escolha a vida e não a morte “ , não passe por essa existência apenas por passar. Deixe neste mundo um ar de esperança e irradie essa esperança aos outros. Que Deus nos dê a graça de nos amarmos, que Ele conduza a nossa jornada rumo ao próximo. Assim Ele estará sendo amado” de todo o coração e toda a alma.

Êxodo 22,20-26 : O direito é para defender os pobres Os versículos condenam a exploração da miséria. O imigrante, o órfão, a viúva e o pobre são pessoas que não podem defender-se: devem ser protegidas pelo direito. As necessidades vitais do homem estão acima de qualquer direito de propriedade

1Tessalonicenses 1,5-10: O anúncio provoca conversão. Sobre a tribulação. Paulo relembra o primeiro anúncio (querigma) que provocou a conversão dos tessalonicenses. Conforme os vv. 9-10, esse primeiro anúncio do Evangelho era um convite à mudança radical: deixar os ídolos para servir unicamente ao Deus vivo. Os ídolos são valores considerados absolutos, mas que, na realidade, sustentam uma estrutura de sociedade baseada na opressão e exploração do corpo e da consciência do homem. Servir ao Deus vivo é comprometer-se com Jesus Cristo, que manifesta na história a presença e ação do Deus verdadeiro, o qual está comprometido com a libertação e a vida do homem. A conversão é um processo contínuo na história. O cristão dá o seu testemunho, animado sempre pela espera da plena manifestação de Jesus Ressuscitado.

Mateus 22,34-40 : O centro da vida cristã. Jesus resume a essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutiza a si mesmo, o próximo e as coisas; amar ao próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão. O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus.

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