Trigésimo Quarto Domingo do Tempo Comum

Cristo o Rei e seus irmãos menores

Chegamos ao final do Ano Litúrgico. Nas celebrações deste domingo as comunidades são convidadas a comemorar a vitória da justiça que aconteceu na ressurreição de Jesus. Os textos bíblicos deste domingo reforçam nosso compromisso com ajustiça do Reino, tema que acompanhou as reflexões sobre o Evangelho de Mateus. No dia em que celebramos a festa da sua realeza, Jesus nos convida a olhar para os seus “irmãos menores”, impedidos de viver por causa das injustiças e opressões que tornam nossa sociedade cada vez mais desigual. A realeza de Cristo não estará completa enquanto seus “irmãos menores” não tiverem liberdade e vida. A mudança dessa realidade depende da sensibilidade, solidariedade e serviço dos que decidiram seguir o Mestre da Justiça.

Ezequiel 34,11-12.15-17 – Javé quer uma sociedade fundada na justiça e no direito. Liberto das autoridades que dele abusam, o povo pode reconhecer que a verdadeira autoridade é o próprio Deus, que projeta liberdade e vida para todos. Desse modo, nasce um novo discernimento político: o povo aprende que só poderá construir uma sociedade justa e fraterna quando souber escolher governantes que façam do projeto de Javé o alicerce do seu próprio projeto.

Mateus 25, 31-46- Onde encontrar Deus? Esta é a única cena dos Evangelhos que mostra qual será o conteúdo do juízo final. Os homens vão ser julgados pela fé que tiveram em Jesus. Fé que significa reconhecimento e compromisso com a pessoa concreta de Jesus. Porém, onde está Jesus? Está identificado com os pobres e oprimidos, marginalizados por uma sociedade baseada na riqueza e no poder. Por isso, o julgamento será sobre a realização ou não de uma prática de justiça em favor da libertação dos pobres e oprimidos. Esta é a prática central da fé, desde o início apresentado por Mateus como o cerne de toda a atividade de Jesus: «cumprir toda a justiça» (3,15). É a condição para participar da vida do Reino.

I Coríntios 15,20-26.28 – A Ressurreição de Cristo nos cristãos. Dois estados da humanidade se opõem: o pecado e a morte, dos quais Adão é o símbolo; a graça e a vida, realizadas em Cristo (cf. Rm 5,17-21). A partir do pecado, existem na sociedade forças e estruturas que invertem o destino humano, desagregando, pervertendo, e até mesmo levando os homens à morte. Cristo foi morto por essas estruturas, mas Deus o ressuscitou e lhe deu poder de destruí-las. Após vencer essas forças, também a morte será vencida; então, o triunfo será definitivo. Unida a Cristo, a humanidade estará de novo submetida a Deus e o Reino de Deus se manifestará completamente.

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