Vigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum

Deus optou pelos deserdados da vida

Nosso país, “maior nação católica do mundo”, é composto por maioria de deserdados, fome, desempregado, doença, miséria … São verdadeiros “pobres de Javé”, sem-terra e sem teto, privados de liberdade e vida. Deus optou por eles. O melhor culto que a comunidade cristã pode apresentar a Deus é o trabalho consciente de redenção desses milhões de cativos da nossa nação e do mundo inteiro. Ao expressarmos nossa fé no Deus vivo, assumimos, ao mesmo tempo, o compromisso de associar-nos à tarefa de Jesus para devolver dignidade e liberdade aos que delas foram privados. Com ele, cremos estar reconstruindo o mundo novo, onde todas as pessoas possam prestar o culto que agrada a Deus, o de ser seus herdeiros em plena posse da liberdade e da vida: “a glória de Deus é o ser humano vivo”.

Isaias 35,4-7 – Romaria dos mutilados de Javé – Is 35 é ulterior ao resto do livro (ou: 500 aC). É uma profecia sobre o Reino de Deus. “ Então” será a vez de Deus: fará valer sua justiça, salvando seu povo ( e castigando os inimigos: é sua “vingança” ). Acontecimentos típicos desta utopia: os cegos verão, os surdos ouvirão, os aleijados saltarão, os mudos falarão, e a própria natureza transformasse-a novamente em paraíso. São imagens da renovação do próprio povo.

Marcos 7,31-37 – Jesus e os deserdados da vida. A missão de Jesus inicia nova criação (Gn 1,31). Para isso ele abre os ouvidos e a boca dos homens, para que eles sejam capazes de ouvir e falar, isto é, discernir a realidade e dizer a palavra que a transforma.

Tiago 2,1-5 – Fé verdadeiro ou falsa? O favoritismo, que faz diferença entre as pessoas, opõe-se à fé no Senhor Jesus Cristo. De fato, para o cristão existe uma só glória: é a glória do Senhor. Os vv. 2-4 apresentam exemplo concreto do favoritismo que deforma a comunidade cristã. Deus prefere os pobres e, portanto, essa é a única preferência que se justifica na sociedade humana. A dignidade dos pobres repousa no fato de que eles são ricos na fé e herdeiros do Reino (cf. Mt 5,3; 11,25-27).

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