Ascensão do Senhor

A História de Jesus continua na comunidade

Celebrar a Ascensão de Jesus é senti-lo eternamente presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. De fato, a Ascensão é a plenitude da páscoa de Cristo e dos cristãos, cuja memória atualizamos e celebramos na Eucaristia (evangelho). Cabe agora à comunidade cristã mostrá-lo presente, mediante a práxis capaz de traduzir o curso da história em atos libertadores (I leitura). Cristo está sempre presente no meio de nós, em nossas comunidades, pois a glória de Deus é estar conosco; e nós o glorificamos quando o manifestamos e reconhecemos como Senhor Absoluto, Cabeça da Igreja, razão da nossa esperança (II leitura)

Atos 1,1-11: Ascensão de Jesus e missão dos apóstolos. O «primeiro livro» é o Evangelho de Lucas.

Recebendo o mesmo Espírito que guiou toda a missão de Jesus, os apóstolos estarão preparados para testemunhar Jesus, continuando o que ele começou a fazer e ensinar. Essa é a tarefa apostólica de todos os cristãos, que formam a comunidade de Jesus. Através do testemunho deles, Jesus ressuscitado continua presente e atuante dentro da história.

O Reino não vai surgir de um momento para outro na história, como por toque de mágica ou milagre. Ele será fruto do testemunho dado pelos discípulos no mundo inteiro. E só o Pai sabe o momento em que a história da humanidade estará completamente madura, para então se manifestar a plenitude do Reino.

A ascensão de Jesus é um modo de falar sobre a sua volta para o mistério da vida de Deus. Aliás, Deus está presente em todos os tempos e lugares. E o fato de os cristãos esperarem por Jesus não deve deixá-los passivos, mas levá-los à missão, pois a vinda gloriosa de Jesus se realizará através do testemunho.

Efésios 1,17-23 – A força de Deus, revelando-se na exaltação do Cristo

15-23: Pela fé, os cristãos possuem uma sabedoria que supera qualquer outro conhecimento: sabem que Deus manifestou em Jesus Cristo a sua força, destronizando todos os poderes que até agora aprisionam a vida, e libertando os homens para uma esperança nova diante do futuro.

Nesta carta, a Igreja ideal se identifica praticamente com o Reino e, portanto, ultrapassa meras concretizações históricas. Como corpo e plenitude de Cristo, ela se torna a meta para a qual caminhamos. Paulo se refere a uma Igreja santa, a um modelo ideal que exige conversão contínua da Igreja real que vive na história.

Marcos 16, 15-20 – A história não acabou

Este trecho difere muito do livro até aqui; por isso é considerado obra de outro autor. Os cristãos da primeira geração provavelmente quiseram completar o livro de Marcos com um resumo das aparições de Jesus e uma apresentação global da missão da Igreja. Parece que se inspiraram no último capítulo de Mateus (28,18-20), em Lucas (24,10-53), em João (20,11-23) e no início do livro dos Atos dos Apóstolos (1,4-14).

Embora seja acréscimo de retalhos tomados de outros escritos do Novo Testamento, o trecho conserva o pensamento de Marcos, isto é: os discípulos devem continuar a ação de Jesus.

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