Décimo Nono Domingo do Tempo Comum

A libertação não se espera, constrói-se

A “noite da libertação” do povo hebreu se tornou, para nós, a “aurora da ressurreição”, celebrada na Eucaristia. Neste encontro de fé, aprendemos a lição da solidariedade de Deus, que entregou seu Filho a fim de que fôssemos salvos. Partilhando entre nós os dons de Deus e a vida de cada irmão, antecipamos aquelas realidades que foram prometidas, mas ainda não plenamente cumpridas (I leitura).

A celebração eucarística nos torna atentos e vigilantes em comunhão com o Senhor que vem para servir. De fato, a missa é a celebração do serviço de Jesus que se entregou por nós. Participando dela, pomo-nos a serviço da comunidade cristã, preparando assim a plenitude do Reino que nos foi confiando. Aprendemos a conhecer mais o projeto de vida do nosso Deus em vista de um compromisso maior (evangelho).

Celebramos em comunidade a fé que nos torna uma só pessoa em Cristo. E celebramos também a memória de todos os que, pela fé que nos torna uma só pessoa em Cristo. E celebramos também a memória de todos os que, pela fé, foram capazes de dar razão à esperança que os animava (II leitura).

Sabedoria 18, 6-9 – Antecipar, na solidariedade, a libertação que virá.  Variação bastante livre sobre a praga dos primogênitos, a Páscoa (Ex 12) e a travessia do mar Vermelho (Ex 14). É o ápice da ação de Deus, libertando o seu povo para a vida e julgando o opressor, com as mesmas armas que este antes havia usado contra o povo.

Lucas 12,32-48 – Espera e vigiar “na noite” é preparar a libertação.  Esperando continuamente a chegada imprevisível do Senhor que serve, a comunidade cristã permanece atenta, concretizando a busca do Reino através da prontidão para o serviço fraterno. Os vv. 41-46 mostram que isso vale ainda mais para os dirigentes da comunidade, que receberam de Jesus o encargo de servir, provendo às necessidades da comunidade. A responsabilidade é ainda maior, quando se sabe o que deve ser feito (vv. 47-48).

Hebreus 11, 1-2.8-19 – Memória dos santos e heróis do povo.  A morte e ressurreição de Cristo são o acontecimento de valor definitivo e absoluto. Da mesma forma, a fé em Cristo é passo decisivo na vida do homem. Doravante, o fiel está empenhado num caminho que vai até o pleno encontro com o Senhor. Em meio a tentações e provas, a perseverança cristã não é simples fidelidade ao passado, mas impulso corajoso em direção ao futuro, para Deus.

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