Primeiro Domingo do Advento

A libertação está próxima

Advento é tempo de grande compromisso com o projeto de Deus. Olhando a realidade do povo em nosso país, constamos que há um abismo entre o que o Senhor quer e a situação em que se encontra a maioria da nossa gente. Contudo, os anseios do povo coincidem profundamente com o plano divino: a paz que é fruto da justiça. O povo quer dirigentes e governantes legítimos, dos quais possa cobrar seus direitos e justiça (I leitura).

A celebração eucarística é lugar onde o povo oprimido pode ficar de pé e levantar a cabeça, porque a libertação está próxima (evangelho). A morte e ressurreição de Jesus, celebradas na Eucaristia, são a presença do Deus que age na história, julgando e libertando.

Celebrar é atualizar o amor de Cristo por nós, traduzindo-o em fraternidade e solidariedade, de modo que o mundo inteiro conheça e participe do projeto de Deus, pois o amor prepara a vinda de Jesus (II leitura).

Jeremias 33,14-16 –  A paz é fruto da justiça. Um novo nome para Jerusalém: “Deus nossa justiça”. Reconfirmação da profecia messiânica de Jr 23,5-6 (possivelmente por discípulo de Jeremias, no tempo pós-exilico). Focaliza Jerusalém- Judá (a cidade restaurada por ordem dos reis da Pérsia) e dá-lhe o nome messiânico de Jr 23,5-6. Identificação da comunidade com o Messias, o “rebento justo” de Davi. Direto, justiça, segurança.

Lucas 21,25-28.34-36 – Fiquem de pé e levantem a cabeça, porque a libertação está próxima. A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).

Tarefa urgente do discípulo é testemunha sem esmorecer, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo, por ele prometido, impede que o discípulo se instale na situação presente; e por outro lado, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.

1 Tessalonicenses 3, 12-4,2 – O amor prepara a vinda de Jesus.  Cresce sempre pela abundante caridade de Deus. A fé em Cristo mostra sua força na caridade dos cristãos, entre todos e para todos (3,12). O cristão vive n esperança do reencontro com Cristo. Seus dias valem muito. Mas sabe também que tudo pode ainda ser aperfeiçoado (4,1). Procura crescer sempre acatando as possibilidades que cada dia oferece.

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