Segundo Domingo do Advento

Ir ao encontro do Senhor que vem

O Advento, neste ano B, mostra um certo clímax. No primeiro domingo, sugere-se uma atitude de preparação geral para o encontro com o Senhor, no último dia; não, porém, sem marcar também o dia de hoje. Nos domingos seguintes, a preparação se torna sempre mais concreta: a conversão, a consciência de que ele está no meio de nós, e, finalmente, o “sim” do homem, pronunciado por Maria, para que sua presença se realiza como cumprimento das promessas.

O advento marca nova etapa na caminhada de nossas comunidades. Este é um tempo de espera da manifestação plena do Filho de Deus, até que cheguemos à comunhão definitiva com Jesus Cristo (II leitura). Enquanto caminhamos rumo a essa vocação comum, vamos colaborando na construção de um mundo novo liberto, pois Deus, que é nosso Pai e Redentor (I leitura), quebra continuamente seu silêncio e se manifesta a nós em  nossa caminha. Ele está sempre chagando, e a atitude fundamental de quem o espera é a vigilância ativa que nos torna co-responsáveis por sua “casa”que é o mundo (evangelho).

Nenhuma de nossas comunidades pode ser considerar modelo histórico de perfeição. Por isso o Advento é tempo de construir e de caminhar, na solidariedade e na partilha. Jesus vem continuamente e de muitos modos. Só a vigilância ativa será capaz de descobri-lo nas novas situações em que se apresenta.

Isaias 63,16-17.19; 64,2-7 : Que Deus se mostre com poder e misericórdia. Provocação poética do amor paterno de Deus por sua criatura( Judá depois do Exílio, socialmente agitado e politicamente dependente). O povo, na sua desolação, reconhece seu pecado, mas confia, embora fraco como um vaso, naquele que modelou (64,3-8). Deus é Pai. Voltando-se para Deus, a gente pode pedir que ele se volte para nós.

Marcos 13,33-37 : Vigilância para a vinda do Senhor . Repetindo o refrão: “Vigiai”, Marcos propõe uma parábola: o dono da casa, ao afastar-se (ausência do Cristo entre a primeira e segunda vinda), encarrega seus servos (toda a comunidade) e o porteiro ( os apóstolos; o “poder das chaves”) para desempenharem seu trabalho e por ele responderem quando ele voltar de repente (os primeiros cristãos esperavam Cristo para breve). Enquanto Cristo está fisicamente ausente, sua causa é confiada a nós

1Coríntios 1,3-9: Crescer com vistas à plena manifestação de Jesus Cristo . Ação de graças pela confirmação dos coríntios na fé, prova de que Deus é fiel. Que os cristãos o sejam também: irrepreensíveis, com vistas à vinda do Senhor, que se espera para breve. Constante crescimento na comunhão com Cristo, com vistas à sua plena manifestação.

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