Quarto Domingo da Quaresma

Celebramos o memorial daquele que se fez último e servo de todos, e com sua morte e ressurreição iluminou os olhos da nossa fé, livrando-nos da alienação que causa a morte do povo. Na Palavra de Deus a ser proclamada descobrimos que Deus escolhe os últimos, não se deixando enganar pelas aparências (I leitura) . E a resposta que damos a ele é a fé que nos leva a reconhecer em Jesus a plenitude do humano, o profeta enviado pelo Pai, o Filho do Homem e o Senhor de nossas vidas. Aprendemos a ter fé em meio aos conflitos, assumindo os riscos que ela comporta (evangelho) e denunciando tudo o que é obra estéril das “trevas”: a maldade, injustiça, mentira e alienação (II leitura)

1Samuel 16,1b.6-7.10-13 – Unção de Davi como rei – De 1Sn 16 até o fim de 2Sm, a Bíblia narra as tradições com relação ao rei Davi. Já se sua unção temos várias versões ( 2Sm 2,4) . Na presente narração da unção (1 Sm 16) é importante que Davi é o eleito de Deus; Deus; Deus está para o interior, Deus olha para as qualidades brilhantes; de seu colaborador ele espera um coração reto. 2 Sm 7,8, Sl 78(77).

Efésios 5,8-14 Levanta-se dos mortos, e Cristo te iluminará. Paulo traz uma série de exortações e conselhos para que os cristãos vivam autenticamente a sua fé. Os vv. 1-2 apresentam o princípio que rege a vida nova: imitar a Deus, vivendo o amor, como viveu Jesus Cristo. Em outras palavras, os cristãos são e devem viver como filhos de Deus, tendo como modelo supremo o ato de amor de Cristo na cruz, onde ele entregou sua vida por todos. A vida nova compreende a renovação de todas as atitudes do homem: essa é a resposta livre ao dom de Deus.

João 9,1-41 –  O cego de nascença simboliza o povo que nunca tomou consciência de sua própria condição de oprimido, e por isso não chegou a ver a verdadeira condição humana, o objetivo para o qual Deus o criou. A missão de Jesus, e dos que acreditam nele, é mostrar essa possibilidade, a partir de uma prática concreta, mais do que com palavras. A ação de Jesus abala as idéias religiosas dos representantes do poder. Estes, em primeiro lugar, procuram transformar o fato em fraude. Não o conseguindo, recorrem à sua própria autoridade, para definirem o que está ou não de acordo com a vontade de Deus. Apegados a suas idéias, negam o que é evidente e invertem as coisas, defendendo a todo o custo sua posição de privilégio e poder. Para eles, Deus prefere a observância da Lei ao bem do homem. Por fim, recorrem à violência, expulsando o homem da comunidade, marginalizando-o. Pretendendo possuir a luz, eles se tornam cegos e querem cegar os outros.

 Curado por Jesus, o homem enfrenta a luta com os dirigentes de uma sociedade cega que o afasta. Como conseqüência, ele passa então para uma nova comunidade e começa seu novo culto. Por outro lado, os dirigentes não querem aceitar essa realidade e por isso permanecem intransigentes dentro da instituição opressora. Este é o julgamento de Jesus.

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