Quinta-Feira Santa

Eucaristia: fraternidade, amor , serviço
A Páscoa dos judeus, mão da Páscoa cristã, trazia em seu seio alguns elementos básicos daquilo que hoje celebramos: o início de uma nova ordem das coisas, a partilha, a preservação da vida e o memorial dos feitos de Deus ( I leitura)
O episódio do Lava-pés caracteriza o projeto de Deus revelado em Jesus. Para ser cristã, a comunidade precisa assumir esse projeto de Deus revelado em Jesus. Para ser cristã, a comunidade precisa assumir esse projeto, tornando-o realidade no amor-serviço aos outros. Esse é a autêntica conservação a Jesus Cristo ( evangelho).
A Quinta-feira Santa é o dia em que celebramos a instituição da Eucaristia. Escrevendo aos coríntios, Paulo dá uma amostra de como deve ser celebrada, para que possa eliminar as ambiguidades que nem sempre percebemos aos participar da Ceia do Senhor (II leitura)
Êxodo 12,1-8.11-14 – Vida em meio à morte. A festa da Páscoa era primitivamente um ritual realizado por pastores: para proteger dos espíritos maus a família e o rebanho, eles matavam um animal e com o sangue dele tingiam a entrada da tenda. Com o êxodo, o ritual adquire sentido novo: a Páscoa será a lembrança perpétua do Deus vivo que, para libertar o povo, derrota o opressor e seus ídolos. Nesse contexto, os espíritos maus são tomados como passagem do próprio Javé (flagelo destruidor, v. 13; cf. v. 23: o exterminador): ele vem para fazer justiça, punindo o opressor e protegendo o oprimido. Assumida pelos cristãos como festa principal, a Páscoa será a lembrança permanente de que Deus liberta seu povo através de Jesus Cristo, novo cordeiro pascal (cf. Jo 19,14).
João 13, 1-15 – O cerne do amor é o serviço. A morte de Jesus abre a passagem para o Pai, e testemunha o amor supremo que mostra o sentido de toda a sua vida. O gesto de Jesus é ensinamento: a autoridade só pode ser entendida como função de serviço aos outros. Pedro resiste, porque ainda acredita que a desigualdade é legítima e necessária, e não entende que o amor produz igualdade e fraternidade. Na comunidade cristã existe diferença de funções, mas todas elas devem concorrer para que o amor mútuo seja eficaz. Já não se justifica nenhum tipo de superioridade, mas somente a relação pessoal de irmãos e amigos.
1 Coríntios 11,23-16 – Eucaristia sem fraternidade é comungar a própria condenação.  Paulo relembra a instituição da Eucaristia. Ela é a memória permanente da morte de Jesus como dom de vida para todos (corpo e sangue). A Eucaristia é a celebração da Nova Aliança, isto é, da nova humanidade que nasce da participação no ato de Jesus, não só no culto, mas na vida prática. Por isso, a comunidade que celebra a Eucaristia anuncia o futuro de uma reunião de toda a humanidade.

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