Quinto Domingo da Páscoa

Ideal do cristão: amar como Jesus

O ser humano egoísta, fechado em si mesmo, procura a própria glória. Jesus cumprindo a vontade do Pai, dá glória a Deus e mostra que o projeto divino é ser plenamente humano: as pessoas o executarão vivendo o amor que tem como único ponto de referência a vida e ação de Jesus (evangelho).

Para realizar esse projeto divino-humano, os cristãos são convidados a reforçar constantemente suas opções, a fim de superar, vitoriosos, as tribulações, mantendo-se unidos na fé e no amor (I leitura).

Em Jesus, Deus se tornou um de nós, tornando possível a intimidade de Deus com as pessoas. Na tensão da caminhada, impulsionados pela presença ativa do Cordeiro, os cristãos irão descobrindo e construindo a Nova Jerusalém (II leitura).

João 13,31-33.34-35 – A glorificação de Jesus e o amor do cristão. O mandamento novo supera todos os outros mandamentos. Deus e o homem são inseparáveis. E é somente amando ao homem que amamos a Deus. Em Jesus, Deus se fez presente no homem, tornando-o intocável. Tal mandamento novo gera uma comunidade, que oferece uma alternativa de vida digna e liberdade perante a morte e a opressão.

Atos 14, 21-27 – “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. Por que as comunidades cristãs são perseguidas? Porque o Evangelho por elas vivido e testemunhado é o anúncio do Reino, e este propõe uma libertação da idolatria que escraviza e sacrifica o povo, e assim instaurar uma sociedade baseada na justiça, na liberdade e na vida. A sociedade injusta, alicerçada nos ídolos da riqueza e do poder, sente-se desmascarada por esse testemunho e reage de todos os modos, tentando reprimir e anular a novidade que ameaça destruí-la. Os cristãos devem perseverar na fé, isto é, manter a autenticidade do testemunho, vigiando para que o fermento evangélico não seja deturpado nem falsamente assimilado pela estrutura da sociedade injusta. Cf. ainda nota em Rm 5,1-11.

Apocalipse 21, 1-5 – A Nova Jerusalém. A nova relação que existe entre Deus e os homens é apresentada como céu novo e terra nova. O mar já não existe, porque os antigos o consideravam moradia dos poderes do mal. A Nova Jerusalém é a cidade que Deus vai construir como dom (vem do céu) para os homens. É a Esposa do Cordeiro, o novo Adão que esposa a nova Eva. Realiza-se a Aliança de Deus com toda a humanidade. Ela se tornou a Tenda (Ex 25,8), na qual Deus está presente. Doravante tudo é vida e realização plena.

Deus promete a renovação de tudo, pois ele é o Senhor da história, a fonte e o fim da vida.

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