Sexta-Feira Santa

Jesus: Servo, Rei, Sacerdote

A Palavra de Deus nos apresenta a síntese da vida e ação de Jesus: ele é o Servo que carrega os pecados da humanidade (I leitura), o Rei Universal que dá a vida ( relato da Paixão) e o único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade ( II leitura).

Isaias 52,13-53,12: O Servo Sofredor: A redenção pelo sofrimento. Quarto canto do servo de Javé: o Justo que morreu pelo povo – sobre os cantos do Servo, domingo de Ramos, a primeira leitura – hoje ouvimos o quarto canto do Servo. Começa com um oráculo de Deus e transforma-se depois num diálogo entre o povo (as nações) e o profeta.  Um segundo oráculo de Deus conclui a poesia. Quem pode entender que Deus cumpre seu plano e revela seu poder n sofrimento e na morte de seu Servo? Certo, Israel mesmo (Exílio) e seus profetas (Jeremias) conheceram o caminho do sofrimento. Mas o sentido pleno daquilo que o profeta pressentiu só se manifesta em Jesus Cristo, o “homem das dores”, que , morrendo por nós, nos deu salvação e vida.

João 18,1-19,42 : Paixão de Jesus Cristo segundo João – Jesus, único verdadeiro Rei – Não só, mas sobretudo em João, a “história da Paixão” é interpretação e mensagem. Não diz apenas o que aconteceu, mas, sobretudo , o que significa o acontecido. João mostra com toda a clareza que o sofrimento e morte é um ato pessoal e soberano de Cristo ( 19,36-37). Em João, a data da crucificação de Cristo é diferente dos evangelhos sinóticos: Jesus morre na mesmissíma hora em que os judeus matavam o cordeiro para a ceia pascal.

Hebreus 4,14-16 ; 5,7-9: Jesus, Sumo Sacerdote digno de fé em relação a Deus e misericordioso em relação às pessoas Jesus viveu a profundeza da desolação humana, mas por sua obediência foi por Deus – O sacerdote é mediador, Jesus o é eminentemente, pois ele é o Filho de Deus, mas também um de nós, que conhece a fundo a fragilidade da condição humana, transcendendo-a, porém, no ponto onde ela era irreconciliável com a santidade de Deus, o pecado. Ele é o sacerdote e sacrifício ao mesmo tempo: assim nos consagra a nós também.

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