Felizes os que andam na lei do Senhor
A fidelidade à Lei de Deus, melhor dizendo, à Torá ou instrução do Senhor, é um dos temas centrais do Antigo Testamento. O amor e a fidelidade à Lei de Deus constituíam toda a justiça e santidade do povo de Israel.
A Lei de Deus é boa e santa (Rm 7,12). Por isso , a Lei não foi abolida por Jesus, mas sim plenificada (Mt 5,17). Plenificar significa que não basta cumprir a materialidade do mandamento, mas se perguntar pela intenção de Deus ao instituí-lo. Não pela intenção de Deus ao instituí-lo. Não é suficiente uma fidelidade externa, mas faz-se necessária uma fidelidade mais profunda, que empenhe mente e coração. Não basta somente uma conduta que todos possam ver, mas uma reta intenção, que brote do mais profundo do coração e da mente, vista somente por Deus. Tal atitude é possível quando se é capaz de deixa-se penetrar pela sabedoria do evangelho, “misteriosa e oculta” ( 1 Cor 2,7), sabedoria da cruz de Cristo. Isso é anular na Lei do Senhor . Os atos meramente externos constituem um legalismo severamente criticado por Jesus.
A verdadeira justiça
Eclesiástico 15,16-21 : O homem tem a liberdade de escolher o bem e o mal (capacidade moral do homem) – O Eclesiástico ( o sábio Jesus Bem Sirac) critica as seguintes afirmações: 1) o pecado é inevitável; 2) Deus não se preocupe com a gente e seus pecados. Ao contrário, o homem é livre para escolher entre o bem e o mal ( livre-arbítrio). Deus não abandonou o homem a uma existência absurda, mas quer que ele escolha o caminho da Salvação. Dt 11,26-28; 30,15-20.
Matheus 5,17-37 : A verdadeiro justiça – Em Mt 5,17-48 está descrita a relação entre Jesus e a Lei. Jesus não quer facilitar, na do formalismo (observância exterior para ganhar o céu), para a restituir a Deus, por assim dizer, mostrando sua radicalidade e sua penetração até o íntimo da pessoa (agir em consciência, procurando a justiça verdadeira, que não é a letra da lei, mas a vontade amorosa de Deus por trás desta letra). Quando Jesus diz: Mas eu vos digo …, revela a vontade original do Pai – 5,17-19; Lc 16,17; Tg 2,10.
1Corintios 2,6-10: A sabedoria dos poderosos e o Mistério de Deus – A 1 Cor começa mostrado a fraqueza humana n também que nela existe grandeza – mas esta, só o fiel amadurecido a pode alcançar, pois ele vem do Espírito Santo, não de considerações humanas. O Mistério de Deus é o Mistério da Cruz. Ele escapou à perspicácia dos poderes mundanos, pois, senão, não se teriam tornado os instrumentos (involuntários) de sua realização, crucificando Jesus. Rm 16,25; Cl 1,26.
Mensagem : O texto do Eclesiástico nos fala da liberdade. O evangelho propõe a reflexão sobre a justiça do Reino. Nossas comunidades exercem formas alternativas daquela justiça que atualiza o projeto de Deus para a sociedade? De que forma? Nossas relações favorecem a justiça que conduz a vida para todos?