SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

A Sabedoria de Deus e seu amor em Cristo

A Solenidade que hoje celebrámos não é um convite a decifrar a mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.

A primeira leitura sugere-nos a contemplação do Deus criador. A sua bondade e o seu amor estão inscritos e manifestam-se aos homens na beleza e na harmonia das obras criadas (Jesus Cristo é “sabedoria” de Deus e o grande revelador do amor do Pai).

A segunda leitura convida-nos a contemplar o Deus que nos ama e que, por isso, nos “justifica”, de forma gratuita e incondicional. É através do Filho que os dons de Deus/Pai se derramam sobre nós e nos oferecem a vida em plenitude.

O Evangelho convoca-nos, outra vez, para contemplar o amor do Pai, que se manifesta na doação e na entrega do Filho e que continua a acompanhar a nossa caminhada histórica através do Espírito. A meta final desta “história de amor” é a nossa inserção plena na comunhão com o Deus/amor, com o Deus/família, com o Deus/comunidade.

Provérbios 8,22-31 – A Sabedoria divina existe antes de tudo. É o ponto mais alto da reflexão dos sábios. A Sabedoria é a primeira criatura de Deus, uma espécie de arquiteto que o acompanhou e inspirou em toda a sua atividade criadora. Pode-se dizer, portanto, que ela é o sentido vital que Deus imprimiu a toda a criação. Observando o mundo e a história, a humanidade pode encontrá-la e tomar consciência dela, tomando-a como guia para a realização da vida. João se lembrou desse texto quando escreveu o prólogo do seu evangelho (cf. Jo 1,1-5).

Romanos 5,1-5 – O amor de Deus se derramou em nós .  Justificados pela fé em Jesus Cristo, estamos em paz com Deus; por isso, começamos a viver a esperança da salvação. Essa esperança é vivida em meio a uma luta perseverante, ancorada na certeza, garantida pelo Espírito Santo que nos foi dado (vv. 1-5).

João 16,12-15 – O Espírito faz reconhecer a manifestação do Pai em Jesus. Guiados pelo Espírito, os discípulos se tornam capazes de interpretar o mundo a partir da palavra e ação de Jesus. Em qualquer lugar e época, eles irão testemunhar, mostrando que: o pecador é aquele que rejeita a obra de Deus realizada em Jesus e em seus seguidores; o justo é Jesus, presente e atuante naqueles que o testemunham; o condenado é príncipe ou chefe do sistema que condenou Jesus e continua perseguindo seus seguidores. Desse modo, o julgamento de Deus inverte o julgamento dos homens: a morte de Jesus transforma-se em vida, e aqueles que o condenaram, agora são condenados.

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