Terceiro Domingo do Tempo Comum

O Reino de Deus está aí: Convertei-vos

Em Jesus o tempo chegou à sua plenitude, e é isto que queremos celebrar em comunidade: a proximidade do Reino que se manifesta nas ações de Jesus e em nosso compromisso com a transformação da sociedade.

A celebração da Eucaristia é um espaço que Deus nos concede para a conversão. Não somos mais santos do que os outros pelo fato de nos reunirmos para celebrar. Fora de nossas igrejas pode haver gente que crê mais do que nós no Deus vivo e verdadeiro, e mais do que nós colabora com ele por meio do inconformismo profético.

O apóstolo Paulo nos ajuda a discernir o momento presente. Para quem crê em Jesus, o Reino é o valor absoluto e insubstituível, mesmo que não estejamos vivendo momentos de expectativa em torno do fim do mundo.

Jonas 3, 1-5.10 – A pregação de conversão de Jonas . No livro de Jonas é mostrado que Deus quer a conversão de todos, e não só do povo de Israel. Por isso, Jonas deve pregar e oferece a conversão em Nínive, capital do império dos gentios. Deus oferece como graça o chamado à conversão; quem o aceita, é salvo. Mt 12,41; Lc 11,32 .

1 Coríntios 7,29-31 – O “esquema” deste mundo passa – 1 Cor 7 é uma explicação de Paulo respondendo a pergunta dos coríntios com relação as respostas, cheias de bom senso e sem desprezo algum da sexualidade, revelam um tom de “realismo escatológico”; ou seja: tudo isso não é o mais importante, para quem vive na expectativa da Parusia. Porque “o temo é breve”(7,29), matrimônio ou celibato, dor ou alegria, posse ou pobreza são, num certo sentido, indiferentes: são um “esquema” (assim está liberalmente no texto grego), que passa. Paulo continua, pois , mostrando o valor de seu celibato, como plena disponibilidade para as coisas de Cristo: uma espécie de antecipação da Parusia.  Rm 13,11; 2 Cor 6,2.8-10.

Marcos 1,14-20 – Os discípulos e os seguidores de Jesus.

Dois traços marcaram o ministério de Jesus desde os seus primórdios. Ele não foi um pregador solitário, apegado à tarefa recebida do Pai, sem partilhá-la com ninguém. Pelo contrário, quis contar com colaboradores que o ajudassem a levar a cabo sua missão. Os escolhidos foram pessoas simples, pescadores do lago da Galiléia, cujas vidas se transformaram totalmente, a partir do encontro com o Senhor. Eles foram convidados a deixar tudo e seguir o Mestre, que lhes deu como missão saírem pelo mundo, atraindo as pessoas para Deus. Um horizonte novo despontou para eles. O desafio lançado por Jesus foi acolhido com generosidade. Nada os impediu de romper com o mundo e seguir o Mestre.

Outro traço do ministério de Jesus: ao chamar os discípulos e confiar-lhes uma missão, o Senhor deu a entender que sua obra deveria ser levada adiante e expandir-se, a partir da sementinha lançada por ele. Jesus anunciou a chegada do Reino e realizou sinais indicadores de sua presença. Durante sua vida terrena, não se poupou para fazer o Reino acontecer. Agora, cabia aos discípulos levar adiante o anúncio da Boa-Nova, para que o apelo do Reino atingisse a todos, sem distinção. Jesus colocou diante deles um mar diferente, a humanidade inteira, onde a função de pescadores haveria de continuar. Era hora de pescar muitas pessoas para Deus.

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