Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum

Eucaristia e encarnação ainda escandalizam?  

Nossa assembleia litúrgica é a renovação da fé e do compromisso com o Deus vivo e verdadeiro. Na liberdade e alegria, queremos aderir a ele, para construir juntos  uma sociedade nova, na fraternidade (I leitura) 

A Eucaristia é a encarnação de Jesus em nossa realidade. Aceitamos de bom grado que Jesus se dê a conhecer e se entregue a nós no pão. Mas quando ele nos garante que seu e nosso  caminho passa pela encarnação e doação da vida, aí nos escandalizamos e pretendemos voltar atrás ( evangelho). 

A carta aos  Efésios mostra que temer a Cristo é doar-se nos serviço até o fim. Nós não queremos ser uma Igreja de beleza estética, e sim o lugar onde as relações entre as pessoas sejam marcadas pelo amor e serviço (II leitura).  

Josué 24,1-2.15-17.18b – Na liberdade e alegria, servir ao Deus verdadeiro. O final da conquista é marcado por um grande compromisso, no qual entram grupos novos desejosos de aderir ao projeto de Javé. O movimento do êxodo culminou com a aliança no Sinai; assim também o movimento de conquista da terra se encerra com a aliança em Siquém. Após breve histórico sobre a liderança de Javé no movimento pela liberdade e pela vida, o povo é posto diante de uma escolha e de um compromisso: ou ser fiel a esse Deus e ao projeto dele, deixando a idolatria dos sistemas sociais injustos; ou voltar atrás. Não há meio-termo: ou se cria uma sociedade justa e fraterna, onde todos possam gozar a vida e a liberdade, ou se volta a repetir um sistema social onde o povo é reduzido à escravidão e à morte. 

É provável que este texto reproduza uma cerimônia feita periodicamente, para alimentar a consciência histórica e sustentar a luta do povo. É importante celebrar a luta e as vitórias, a fim de manter viva a aspiração popular, na qual se manifesta o projeto de Deus. 

Efésios 5,21-32 –  Temer a Cristo é servir até a doação da vida . Paulo compara a relação entre Jesus Cristo e a Igreja com a visão do matrimônio na sociedade antiga, onde a mulher devia submeter-se inteiramente ao marido. De fato, Cristo é chefe e salvador da Igreja, e esta deve submeter-se a ele como seu Senhor. Numa concepção atual de relação marido-mulher, onde existe igualdade de direitos e deveres, Paulo certamente faria outro tipo de aplicação. 

João 6, 60-69 – Fugir ou encarnar-se . As palavras de Jesus provocam resistência e desistência até entre os discípulos. Muitos conservam a ideia de um Messias Rei, e não querem seguir Jesus até à morte, entendida por eles como fracasso. E não assumem a fé por medo de se comprometerem. Os Doze apóstolos, porém, aceitam a proposta de Jesus e o reconhecem como Messias, dando-lhe sua adesão e aceitando suas exigências. 

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