Vigésimo Sexto Domingo do Tempo Comum

Deus optou pelos pobres

“O indigente esta atormentado pela falta de necessário e se lamenta e levanta muitos acusadores e não deixa nenhuma rua sem percorrer , perseguido por sua miséria, sem ter nem onde passar a noite. Como conseguirá o infeliz dormir, atormentado pelo estômago, cercado pela fome, desprotegido quando vem o frio ou quando caí o aguaceiro?

Você saí  limpo de seu banho , vestindo roupas claras, cheio de satisfação e euforia e se dirige à esplêndida mesa que lhe foi posta. O outro, porém, transido de frio e morto de fome, dá voltas e mais voltas pela praça pública, com a cabeça baixa e estendendo as mãos. O infeliz já nem tem ânimo para se dirigir ao bem-alimentado e bem-descansado , pedindo-lhe o sustento necessário, e muitas vezes se retira coberto de insulto”(São João Crisóstomo, Homilia sobre a primeira epístola ao coríntios, citado em Por que a Igreja critica os ricos? )

Amos 6, 1.4-7 – A falsa segurança dos ricos e poderosos. A classe dominante de Israel se mantém numa vida de privilégios, às custas da exploração do povo (da «ruína de José»). Todavia, o profeta assegura que isso tudo terá um fim, pois o dia fatal se aproxima.

Lucas 16,19-31 – Deus optou pelos pobres.  O seguimento de Cristo está aberto também aos ricos, desde que estejam dispostos a converter-se: deixar a idolatria da riqueza para adorar o Deus vivo, o qual cria os bens para todos. Assim, os ricos são chamados a imitar o próprio Deus, tornando-se capazes de distribuir o que possuem, repartindo seus bens com aqueles que nada têm (cf. Mc 10,17-22).

1 Timóteo 6,11-16 – O cristão é, na sociedade, a própria presença de Jesus.  A parábola é uma crítica à sociedade classista, onde o rico vive na abundância e no luxo, enquanto o pobre morre na miséria. O problema é o isolamento e afastamento em que o rico vive, mantendo um abismo de separação que o pobre não consegue transpor. Para quebrar esse isolamento, o rico precisa se converter. Nada o levará a essa conversão, se ele não for capaz de abrir o coração para a palavra de Deus, o que o leva a voltar-se para o pobre. Assim, mais do que explicação da vida no além, a parábola é exigência de profunda transformação social, para criar uma sociedade onde haja partilha de bens entre todos.

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