Vigésimo Sexto Domingo do Tempo Comum

Ninguém monopoliza Deus 

“ Deus é essencialmente livre ao conceder seu dons. Age diferentemente dos esquemas mentais usuais e das estruturas consagradas, concedendo a “profecia” também aos que estão fora da tenda (I leitura). É esta também a atitude de Jesus ( evangelho). Convida o respeito e à confiante expectativa, e a perceber nos que “não são dos nossos “ não um inimigo em potencial ou um concorrente,  mas uma sintonia interior, que pode terminar sendo  de um companheiro de fé”. As instituições podem provir da iniciativa de Deus; mas o que importa é o uso que delas fazem as pessoas. Os profetas não cessam de lembra-lo: Javé é soberanamente livre. Jesus assume as estruturas e instituições do seu novo com toda a liberdade, sem nunca se deixar escravizar por elas. O Espírito sopra onde quer e não está preso a nenhuma estrutura humana. As instituições são feitas para as pessoas e não as pessoas para as instituições”       

Números 11,25-29 – Participação popular no discernimento e busca da vida.  A missão libertadora de Moisés apoiava-se no Espírito recebido de Deus. Também seus setenta assistentes (os anciãos) recebem este Espírito, embora só um pouquinho, pois “não continuaram”. Ora, havia dois eleitos para receber o Espírito, que não foram à Tenda da Aliança. Mesmo assim. Receberam o Espírito, no próprio acampamento. Moisés, recusando o falso zelo dos que acusam este fato, reconhece neles o dom de Deus e faz votos que todo o povo possa receber assim o Espírito é uma feição do tempo escatológico, conforme se vê em Pentecostes   Atos 2,4.16-18   

Marcos 9, 38-45.45.47-48 – O nome de Jesus não pode ser monopolizado. Os discípulos de Jesus só poderão ajudar os homens a discernir a realidade (ouvir) e dizer a palavra transformadora (falar) se estiverem plenamente convictos de que Deus quer realizar uma sociedade justa. A oração exprime a união íntima com Deus e com o seu plano, porque Deus pode desalienar o homem, vencendo o mal. 

Tiago 5, 1-16 – Latifundiário gananciosos e assassinos . Muitas pessoas se apresentam como «aquelas que sabem tudo». A sabedoria verdadeira, porém, não é a cultura teórica que se aprende em livros, mas é a experiência da vida que se manifesta no discernimento que leva a um comportamento justo e pacífico. Sábio é aquele que nunca para de aprender. Mais do que ensinar, ele é alguém que está sempre disposto a buscar a verdade junto com os outros.

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